Câmbio alto estimula não só as vendas da safra atual, mas também as da safra nova, diz analista

Os futuros da soja registraram mais um dia de altas na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (3). Os preços encerraram o dia com pequenos ganhos de pouco mais de 2 pontos entre os principais vencimentos, amenizando as perdas ao longo do dia, depois de testar ganhos um pouco mais intensos ao longo do pregão.

O mercado internacional da oleaginosa, assim como outras commodities, tem observado com menos tensão – mais ainda muita cautela – as notícias relacionadas ao surto de coronavírus e já observam algum avanço, como explica, em entrevista ao Notícias Agrícolas, o diretor da ARC Mercosul, Matheus Pereira.

Como mostra um gráfico da ARC Mercosul, a taxa de recuperação das pessoas infectadas passa de 50%, crescendo substancialmente em relação à semana anterior. Da mesma forma, a taxa de mortalidade segue baixa, sendo pouco maior do que 3%.
Os futuros da soja registraram mais um dia de altas na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (3). Os preços encerraram o dia com pequenos ganhos de pouco mais de 2 pontos entre os principais vencimentos, amenizando as perdas ao longo do dia, depois de testar ganhos um pouco mais intensos ao longo do pregão.

O mercado internacional da oleaginosa, assim como outras commodities, tem observado com menos tensão – mais ainda muita cautela – as notícias relacionadas ao surto de coronavírus e já observam algum avanço, como explica, em entrevista ao Notícias Agrícolas, o diretor da ARC Mercosul, Matheus Pereira.

Como mostra um gráfico da ARC Mercosul, a taxa de recuperação das pessoas infectadas passa de 50%, crescendo substancialmente em relação à semana anterior. Da mesma forma, a taxa de mortalidade segue baixa, sendo pouco maior do que 3%.

Monitor de infecção coronavírus

No entanto, na tarde desta terça-feira, o presidente do Federal Reserve (o banco central norte-americano), Jerome Powell, depois de anunciar um surpreendente corte de 0,5% nos juros norte-americanos, afirmou que a medida poderia ser insuficiente para conter os severos impactos econômicos causados pela epidemia do COVID-19. Na sequência de sua declaração, os principais índices acionários norte-americano despencavam, perdendo mais de 3%.

“Bancos centrais não curam os problemas causados por um problema como o coronavírus, apenas amenizam os impactos econômicos que uma crise sanitária como essa traz. Só um tratamento efetivo ou vacinas de prevenção poderiam acalmar os mercados”, diz Matheus Pereira.

Para a soja, todavia, os traders parecem estar se voltando cada vez mais a seus fundamentos básicos, como a conclusão da safra brasileira, e “ficando entre 120 e 127 milhões de toneladas não muda em nada o mercado”, mas com atenção ao extremo sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, os problemas de clima continuam, causados pela falta de chuvas e, ainda segundo o analista, os mapas climáticos ainda mantêm esse padrão de tempo seco pelos próximos 10 dias.

Da mesma forma, cita ainda a questão da Argentina e, embora a safra por lá também passe por adversidades, se sobressai as questões tributárias e a notícia de que o país deverá elevar as taxas de exportação sobre a soja, as chamadas retenciones, a 33%.

Paralelamente, o mercado internacional também observa as especulações para a nova safra americana – que deverá ter o produtor se voltando mais ao plantio do milho do que o da soja – às condições de clima para o Corn Belt e, principalmente, se a demanda chinesa pela oleaginosa se voltará, ao menos em partes, para o mercado dos EUA ou se continua concentrada no Brasil.

VANTAGEM CAMBIAL

Enquanto isso, o mercado brasileiro segue favorecido pelo dólar alto frente ao real. Nesta terça, a moeda americana marcou sua 10ª alta consecutiva e bateu seu novo recorde histórico de R$ 4,51.

“Esse câmbio que temos nos patamares de hoje tem incentivado não só a comercialização da safra atual, em colheita, mas também para a safra 2021. Não é comum, neste época, grandes tradings começarem a oferecer oferta de compra para a safra nova – semeada no próximo ano, é atípico, mas essas ofertas são extremamente lucrativas”, relata Matheus Pereira.

E segundo o diretor da ARC Mercosul, os produtores aproveitam as oportunidades – especialmente aqueles que já conseguem planejar seus custos de produção – e vai a mercado para garantir o momento trazido, principalmente, pelo dólar na casa dos R$ 4,50.

Matéria: https://www.noticiasagricolas.com.br/videos/soja/253546-cambio-alto-estimula-nao-so-as-vendas-da-safra-atual-mas-tambem-as-da-safra-nova-diz-analista.html#.Xl-qK6hKi1t

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