As cotações do milho voltaram a registrar queda na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta semana que passou. De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, o principal cereal do mercado global foi afetado principalmente pela demanda reprimida nos Estados Unidos e o bom avanço da safra norte-americana.
“O plantio nos Estados Unidos deve alcançar 45% concluído neste final de semana, e as previsões climáticas de médio prazo apontam para condições favoráveis nos próximos meses. Na Argentina, a colheita já alcança 36% da área total concluída”, comentam os analistas da ARC Mercosul.
Na avaliação da T&F Consultoria Agroeconômica, o cereal também sentiu o golpe das tensões comerciais entre Estados Unidos e China: “Isso foi adicionado a um cenário de demanda doméstica nos EUA fortemente afetada por uma queda na produção de etanol (50% do normal). Pelo lado positivo, nos usos, permaneceu otimismo de que frigoríficos e plantas de processamento de carne foram reabertos no norte do país. Ao mesmo tempo, o setor externo, com dinamismo, continua operando como principal fator de suporte de preços”.
BRASIL
Ainda de acordo com a ARC Mercosul, no Brasil o milho teve “movimento variados” nos diferentes contratos do milho na B3 ao longo da semana, com queda no Maio/20, e altas para os contratos Julho/20. “Safrinha brasileira no centro-sul do país permanece sob risco climático, com expectativa de chuvas mais intensas retornando neste início de maio”, apontam os especialistas.
“No mercado físico, a semana foi de preços mais firmes, porém os negócios continuam mais retraídos neste momento. Produtividade da safrinha e ritmo de exportações nos próximos meses serão cruciais para definição dos preços”, concluem os analistas da ARC Mercosul.
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