Milho fecha a segunda-feira mais alto e já subiu 11,14% no mês para Indicador Cepea

A segunda-feira (19) chegou ao final com os preços do milho mais altos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única desvalorização foi percebida na praça de Luís Eduardo Magalhães/BA (1,92% e preço de R$ 51,00).

Já as valorizações apareceram em Pato Branco/PR (0,82% e preço de R$ 61,70), Marechal Cândido Rondon/PR (0,83% e preço de R$ 60,50), Ubiratã/PR (0,83% e preço de R$ 60,50), Eldorado/MS (0,87% e preço de R$ 58,30), Campinas/SP (1,37% e preço de R$ 74,00), Palma Sola/SC, Jataí/GO, Rio Verde/GO e Cândido Mota/SP (1,61% e preço de R$ 63,00), Londrina/PR (1,67% e preço de R$ 61,00), Ponta Grossa/PR e Maracaju/MS (3,13% e preço de R$ 66,00), Campo Grande/MS (3,23% e preço de R$ 64,00), Brasília/DF (3,33% e preço de R$ 62,00),

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o estresse do dólar e a cautela do produtor brasileiro com pouca intenção em negociar sustentaram as cotações. “Um possível desfecho mais harmonioso do Brexit e os dados da economia da China são pontos de alívio no início desta semana pelo lado do câmbio”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) do milho vem registrando avanço consecutivo há 13 dias e, na sexta-feira, 16, atingiu R$ 70,72/saca de 60 kg. Na parcial de outubro, a elevação do Indicador chega a 11,14%.

“Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso aos valores segue vindo da baixa disponibilidade interna, da maior demanda e da retração de vendedores, que estão atentos ao clima e ao semeio da safra de verão 2020/21. Além disso, o avanço nos preços internacionais e o dólar em alto patamar também reforçam a valorização doméstica do cereal, tendo em vista que elevaram a paridade de exportação”.

Pesquisadores do Cepea ressaltam ainda que esses aumentos nos preços têm preocupado consumidores domésticos do cereal.

B3

Os preços futuros do milho contabilizavam ganhos na Bolsa Brasileira (B3) ao longo desta segunda-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,36% e 3,86% por volta das 17h07 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 78,18 com elevação de 0,36%, o janeiro/21 valia R$ 78,20 com alta de 0,45%, o março/21 era negociado por R$ 77,35 com ganho de 0,72% e o maio/21 tinha valor de R$ 71,35 com valorização de 3,86%.

Os contratos do cereal brasileiro subiram mesmo com a movimentação negativa do dólar ante ao real neste início de semana. Por volta das 17h14 (horário de Brasília), a moeda americana era cotada à R$ 5,60 com queda de 0,80%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, este é um ano em que está chovendo menos e o milho precisa de mais água do que a soja, que é mais tolerante e acaba levando parte das intenções de plantio.

“O milho se tiver falta de chuvas no pendoamento e florescimento cai bastante o potencial produtivo e a soja acaba perdendo menos. Então o produtor acaba levando isso em conta neste momento de decisão de plantio em função do clima e acaba optando pela soja nesse momento de plantio na região Sul”, diz o analista.

Brandalizze frisa ainda que esta mudança de plantio não tem haver com os preços dos dois grãos. Uma vez que o milho, nas cotações atuais e com uma produtividade normal, dá mais lucro do que a soja à R$ 160,00.

Matéria: www.noticiasagricolas.com.br/noticias/milho/271558-milho-fecha-a-segunda-feira-mais-alto-e-ja-subiu-1114-no-mes-para-indicador-cepea.html#.X47P0tBKjIV

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