“Se o criador busca gado para pista, pasto ou melhoramento genético, a solução é uma só. Não existem dois Nelores”, já definia o criador Paulo Leonel em uma frase que vem se tornando célebre na pecuária de corte brasileira.
Com o passar dos anos, a seleção genética da raça responsável por tornar o Brasil líder mundial na exportação de carne bovina passou por várias nuances, muitas delas causadas por viés mercadológico.
Tal rumo culminou hoje em animais voltados para diferentes propósitos, o que, na visão de Leonel, vai contra a natureza da raça. Nesse contexto, um abate técnico realizado em Anápolis, no interior de Goiás, reafirmou a premissa do criador que é diretor do Grupo Adir.
Exatos 16 bezerros Nelore puros, com apenas 15 meses de idade, filhos de touros com genética Adir pertecentes a clientes do tradicional criatório, foram adquiridos aleatoriamente para participar de mais uma etapa do projeto de abate técnico por touro, uma iniciativa lançada pelo Grupo em meados de 2014.
Os animais superprecoces são filhos de touros selecionados na Fazenda Barreiro Grande, em Nova Crixás, também em Goiás, onde são alimentados apenas com pastagem e sal mineral. Na região, a temperatura facilmente atinge 40º à sombra.
Após a desmama, os bezerros seguiram diretamente para o cocho, onde receberam uma dieta intensiva com silagem de capim por 60 dias, mais 60 dias com silagem de sorgo e 90 dias com silagem de milho, além de ração.
As chuvas têm atrasado a colheita de soja e milho nas principais regiões produtoras, segundo a consultoria Datagro. A retirada da oleaginosa atingiam em 14 de fevereiro 21,4% da área estimada, contra 32,5% no ano passado. “O registro de chuvas em boa parte da região produtora na semana que passou voltou a limitar o fluxo. E a lentidão sobre 2019 acontece pelo atraso no plantio, influenciado pela chegada tardia das chuvas”, diz, em nota, o coordenador de grãos da consultoria, Flávio França. A Datagro reforça a perspectiva de quebra de safra no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina por causa da seca nos últimos meses.
A casa reforça, no entanto, que a colheita da soja permanece próxima à média histórica dos últimos cinco anos, de 21,2% da área estimada, e que não deve haver alteração na produtividade dos demais Estados produtores. Até agora, os trabalhos de colheita da oleaginosa estão mais avançados em Mato Grosso (57,4%), Paraná (18,1%) e Mato Grosso do Sul (13,0%).
Para o milho, a colheita da safra de verão atingiu 17,8% da área estimada na região Centro-Sul, também abaixo dos 20,7% de 2019 e próximo da média histórica dos últimos cinco anos, de 17,3%. Os trabalhos estão mais adiantados no Rio Grande do Sul (42,0% da área colhida), Paraná (21,0%) e Santa Catarina (15,0%).
O plantio da segunda safra de milho também está atrasado na comparação com os últimos anos, com 31,7% da área prevista até 14 de fevereiro. Em 2019, a taxa era de 50,7% e a média histórica dos últimos cinco anos mostra plantio em 39,9% da área prevista no período.
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