Milho fecha a 4ªfeira em alta no Brasil de olho no clima do Sul e com vendedor retraído

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 66,45 com elevação de 1,62%, o janeiro/21 valia R$ 66,80 com alta de 2,05%, o março/21 era negociado por R$ 66,45 com ganho de 2,07% e o maio/21 tinha valor de R$ 62,85 com valorização de 2,21%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, um dos motivos que explicam essas altas nas cotações brasileiras é o clima na região Sul do país.

“Esse calor extremo que está vindo no Paraná onde o pessoal está plantando e precisa de chuvas até o começo da semana que vem se não essa lavoura vai nascer e morrer logo na sequência. Precisa de mais chuvas porque as temperaturas são muito altas e a umidade que tem está indo embora”, diz.

Brandalizze destaca que nos portos brasileiros o mercado está pagando R$ 2,00 a mais e já se fala em R$ 65,00 ou R$ 66,00 para o milho de fevereiro no embarque. “Os vendedores sumiram e o mercado segue firme e de olho nas novas chuvas”.

Além disso, as altas no mercado dos Estados Unidos após a divulgação dos números de embarques também refletiram por aqui.

“Esperava entre 56 e 58 milhões de toneladas de estoque de milho, muito parecido com o ano passado que foi de 56,9 milhões, mas o USDA veio com 50,8 milhões, sinalizando que a demanda está fortíssima mesmo em tempo de pandemia. Muita gente apostava que o estoque ia ser maior em função da retração da demanda americana para etanol de milho, mas o USDA, apesar de ser um órgão conservador, confirmou os estoques muito baixos. Isso é benéfico para o mercado que reverte toda a onda baixista que vinha pela colheita”, explica Brandalizze

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro abriram a quarta-feira caindo, mas explodiram no meio do dia e encerram o dia subindo na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre xxx e xxx pontos ao final do dia.

O vencimento dezembro/20 foi cotado à US$ 3,79 com valorização de 14,25 pontos, o março/21 valeu US$ 3,88 com ganho de 14,25 pontos, o maio/21 foi negociado por US$ 3,93 com elevação de 14 pontos e o julho/21 teve valor de US$ 3,97 com alta de 13,25 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 4,12% para o dezembro/20, de 3,74% para o março/21, de 3,69% para o maio/21 e de 3,39% para o julho/21.

Com relação as movimentações durante o mês de setembro, o milho em Chicago acumulou valorizações de 6,16% para o dezembro/20, de 5,72% para o março/21 e de 5,08% para o maio/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os mercados agrícolas do CME Group aumentaram drasticamente nesta quarta-feira após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgar seu Relatório Trimestral de Estoque de Grãos e mostrar que “os agricultores dos EUA estão sentando em menos milho do que se pensava anteriormente”.

Os estoques trimestrais do milho foram reportados em 2 bilhões de bushels (50,8 milhões de toneladas) enquanto o mercado esperava 2,25 bilhões de bushels (57,15 milhões de toneladas). Este volume representou queda de 10,7% com relação as 56,9 milhões de toneladas registradas nos estoques no mês de setembro de 2019.

“Os números do milho estão movimentando as coisas aqui com dados que são otimistas e menores do que a estimativa mais baixa do mercado. Ainda temos muita colheita pela frente, então o rally pode durar pouco, mas o rally é grande agora e pode ficar um pouco maior antes que a colheita chegue ao mercado”, disse o analsita de mercado da Price Futures Group, Jack Scoville.

Matéria: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/milho/270080-milho-fecha-a-4feira-em-alta-no-brasil-de-olho-no-clima-do-sul-e-com-vendedor-retraido.html#.X3XLZmhKjIV

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